quarta-feira, agosto 22, 2012

29 - Afinal, conclui a dissertação de mestrado

Alguns anos depois e após muitas hesitações, volta e mais volta, concluí a minha dissertação de mestrado

Título: Biblioteca escolar e Web 2.0 : questões em torno de algumas práticas em implementação e perceção do impacto no trabalho da biblioteca

Palavras-chave:
Bibliotecas escolares
Novas tecnologias
Internet
Web 2.0
Professor bibliotecário
Redes sociais
Web 2.0
Collective intelligence
Participation
Networking
School librarian

Resumo/Abstrat:
 Se o advento da sociedade da informação e a generalização da Internet mudaram a forma como o aluno acede e produz informação, a partir de 2005, com o surgimento da “Web 2.0”, estas mudanças tiveram ainda um maior impacto para a sociedade e para a Escola. Neste novo contexto, as atividades escolares deixaram de estar ligadas apenas à sala de aula e puderam passar a ser realizadas no comboio, no carro, no café, na biblioteca, em casa, … e, sobretudo, podem ser realizadas em rede. As redes constituem-se no século XXI como sendo, de facto, uma nova forma de aprender e ensinar, valorizando a participação de cada um no sentido de contribuir para a construção da inteligência coletiva … A BE deverá adaptar-se a estes novos tempos, fornecendo, a par com os serviços tradicionais, novos e inovadores serviços e ainda novas experiências multimédia, centradas no utilizador, através de uma presença estratégica na Web 2.0 e em rede. A esta nova biblioteca chamamos Biblioteca 2.0. O estudo que aqui se apresenta procura dar a conhecer a dimensão do trabalho que algumas BE, integradas na RBE, já fazem no âmbito da Web 2.0 de acordo com o contexto em que se inserem, e ainda saber se existem já práticas em BE à qual possamos chamar verdadeiramente de Biblioteca 2.0. Para alcançarmos os objetivos delineados, desenhamos uma investigação que se enquadra num estudo de caso descritivo múltiplo que abrange um conjunto de quinze Bibliotecas Escolares de escolas de diversas tipologias localizadas em diversos pontos do país. O estudo permitiu-nos concluir que há, por parte destas BE uma aposta estratégica no Blogue da biblioteca. Outros tipos de ferramentas Web 2.0 que as BE da amostra possuem são usados, de um modo geral, não como ferramentas autónomas com valor de per si, mas servindo de suporte ao Blogue. Do estudo que efetuámos concluímos ainda que esta presença Web e a forma como esta foi concebida se centrou fundamentalmente e decisivamente no trabalho e motivação dos PB. A partir da nossa investigação, fomos levados a concluir que apesar de já haver um bom caminho percorrido por algumas das BE que estudámos e de estas se mostrarem inovadoras quanto ao conteúdos e alguns serviços prestados, não podemos considerar que já exista na nossa amostra alguma biblioteca à qual possamos chamar Biblioteca 2.0. O estudo terminou com a apresentação de um conjunto de sugestões que têm em vista a transformação das Bibliotecas Escolares em Bibliotecas 2.0.

If the advent of the information society and the spread of the Internet have changed the way student’s access and produce information, mainly from 2005 onwards, with the emergence of "Web 2.0", these changes also had a greater impact on society and the school. In this new context, school activities are no longer linked only to the classroom and could now be carried out on the train, car, coffee, in the library, at home... and, especially, can be performed on the networks. In the twenty-first century networks are, in fact, as being a new form of teaching and learning, valuing the participation of each in order to contribute to the construction of collective intelligence... The School Library should adapt to these new times, providing, along with traditional services, new and innovative ones and even new media experiences centred on the user, through a strategic presence on Web 2.0 and networks. This new library is called Library 2.0. The research we present here seeks to know the dimension of the work that some School Libraries, integrated into School Libraries Network Program, are already working into a Web 2.0 context, according to the field in which they operate, and also whether there are already practices in which School Library that we can truly call Library 2.0. To achieve the objectives outlined, we designed a research that fits a multiple descriptive case study that covers a set of fifteen School Libraries of different types of schools located in different parts of the country. The study allowed us to conclude that these School Libraries have a strategic intention to develop the Library Blog. Other Web 2.0 tools, shown by the sample, are used in theses School Libraries, in general, not as valuable tools independent per se, but serving as a support the Blog. Based in this study we can also conclude that this Web presence and the way it was designed mainly and decisively was focused on Teacher Librarians work and motivation. From our research, we can conclude that despite already having a good path for some School Libraries we have studied, this show that they are innovative as the contents and services are concerned, but we cannot consider that already exists in our sample a Library to which we can call Library 2.0. The study finishes with the presentation of a set of suggestions that aims the transformation of a School Library in Library 2.0.

A dissertação poderá ser obtida aqui

terça-feira, abril 05, 2011

28 - ponto da situação

(Esqueci-me de lhe referir a existência deste díaro de bordo...)
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Bom dia Drª Glória:
Como preciso de tomar decisões e ainda não obtive resposta a alguns mails enviados anteriormente, tomo a liberdade de fazer uma síntese de algumas questões que lhe fui colocando em ordem a avançar na parte prática do meu trabalho:
Questões metodológicas:
a) Tendo seleccionado 10 BE com boas práticas, parto para o trabalho de campo (por acaso tenho 15 mas posso fazer uma análise ainda mais fina). Não me parecendo viável um trabalho aprofundado com todas as 10 escolas por estarem dispersas pelo país e pelo facto de aumentar a extensão do trabalho, pensei adoptar a seguinte estratégia: Elaborar um questionário a ser respondido por estas 10 escolas (pelo PB) que contivesse perguntas abertas e fechadas. As perguntas abertas permitir-me-iam recolher informação rica e detalhada que poderia ser trabalhada numa 2ª fase.
(Obviamente que iria ter em consideração o tamanho do questionário de modo a não tornar entediante o seu preenchimento.)
Da análise deste questionário escolheria para entrevista e trabalho mais aprofundado (pressupõe ida à escola 3 BE daquelas que tivessem respostas mais ricas interessantes no questionário (cruzado com a grelha de análise de páginas Web que já possuo). O que acha?
No meu caso, na observação directa numa escola na escola, fará sentido olhar para a BE e ver como se faz o acesso aos computadores existentes (nº) e Internet? correcto?

Nessas idas às escolas veria a BE e entrevistava o PB e 2 ou 3 alunos e 2 ou 3 professores. Ou seria suficiente a entrevista apenas ao PB e faria questionário a professores e alunos. Pensa ser suficiente? 

b) Presumo que a análise de páginas web se pode enquadrar na fonte de evidências: "Documentação". Correcto? é que também se me põe a hipótese de ser registo de arquivos ou mesmo observação directa...
c) Nesta fonte de evidências "documentação" há um aspecto que me está a dar que pensar... Quando é que devo fazer a análise de páginas para relatar e analisar na dissertação? Esta questão está-se a pôr-se-me pelo facto de pressentir que quando eu for às escolas e levantar a "lebre" de estar a fazer investigação neste âmbito induzirá logo práticas no sentido de  ainda fazer melhor ou de maior atenção ao que se publica na web o que alterará a qualidade das páginas (suponho eu). Devo ter um dia D para a análise pois o conteúdo está sempre a ser alterado? Sim, não?
Ponto da situação no referente ao meu trabalho
1 – Parte teórica – Embora esteja algo parada, tenho uma espinha dorsal. Já revi duas vezes (no comboio) as coisas que tenho e acho que tem alguma estrutura. A questão é que, continuando a fazer revisão de literatura (tem sido a minha leitura nos transportes públicos desde final de Fevereiro – Tenho lido teses e livros sobre metodologia científica) tenho constatado que tenho que referir mais este e aquele tema… Como as teses de hoje em dia têm que ser limitadas a nível de páginas estou a ver a coisa negra… Sei bem que há uma fase em que o mestrando tem a tentação de colocar tudo na sua tese mas, é um facto, que há assuntos dos quais não me lembrei e que agora vejo fazerem falta: exemplo, conectivismo de Siemens e comunidades de prática para o trabalho em rede (se calhar tenho que reduzir a parte da sociedade de informação). Também me ajudou nesta constatação de temáticas em falta as conversas que fui tendo em Braga (no Congresso) e no Porto, na exponor
2 – Parte prática – Tenho estado a construir o questionário para as tais 10 (ou 15) escolas
Confesso que me tem sido algo difícil… Tenho estado a inspirar-me em trabalhos existentes e para estar certo do que preciso mesmo fazer, preciso da sua resposta em relação à 1ª questão. Eventualmente, a Drª Glória poderá dizer-me que devo esquecer as entrevistas e um trabalho de campo mais fino. Neste caso, o questionário terá que ser mais completo, pois será O documento de referência para a investigação a par da análise das páginas Web.
Tenho consciência que terei que lançar o questionário logo no recomeço das aulas (foi isso, aliás, que me levou a escrever este longo mail) pois a haver a 2ª fase de idas às escolas o tempo urge para planear a entrevista e novo questionário. Deixar para Setembro poderá implicar que o PB já não seja o mesmo e que os contextos mudem
Também me tenho questionado sobre as questões de investigação que entreguei/formulei no projecto de investigação. Eventualmente estarão mal formuladas e haverá algumas que se subordinarão a outras de carácter mais geral. Presumo que posso ainda mudar, não é? É que a gente vai lendo e reflectindo e percebe que A boa questão é…
    

segunda-feira, abril 04, 2011

27 - A galáxia Internet

CAstells, Manuel - A Galáxia Internet - reflexões sobre a Internet negócios e sociedade
Destaca-se como relevante para a tese:

pág 15-17 Conceito de rede  - muitos para muitos
pág 45-46 curiosidades sobre o pc - poderia ficar para abertura de capítulo
pág 76 - comunidades e redes
pág 90; 100-101 - empresa rede caracterização - relevante
pag 116-117 dados fideledignos sobre pag web e mail... estatísticas
pag 119 - novos horários de trabalho com a net
pag 123- fim da lógica de um emprego para toda a vida
pag 128 - qto mais nós houver na rede maior é o benefício da rede para cada nó individual
pag 145- 163 - capítulo sobrecomunidades virtuais ou sociedade em rede? interessante a questão das relações sociais e internet (pág 148 - 155 ) síntese de vários estudos; pag 161- a questão do indivíduo e rede
pág 167 a 200 - capítulo sobre: A política da Internet I redes informáticas, sociedade civil e estado. Aborda as questões da segurança das redes e encriptação
pág 201 - 220 - Capítulo A politica da Internet II: privacidade e liberdade no ciberespaço. Todo o capítulo é muito interessante e pode ser referido como fundamento para a formação de utilizadores na BE, privacidade, liberdade

terça-feira, março 22, 2011

questões metodologicas 21 Março

Tenho andado à volta das questões do trabalho de campo...

Admitindo que algumas das questões abaixo possam ser mais "básicas", têm-me surgido algumas questões a nível metodológico para as quais solicitava a sua ajuda:

a) Tendo seleccionado 10 BE com boas práticas, parto para o trabalho de campo. Não me parecendo viável um trabalho aprofundado com todas as 10 escolas por estarem dispersas pelo país e pelo facto de aumentar a extensão do trabalho, pensei adoptar a seguinte estratégia. Elaborar um questionário a ser respondido por estas 10 escolas (pelo PB) que contivesse perguntas abertas e fechadas. As perguntas abertas permitir-me-iam recolher mais informação sendo esta rica e detalhada e obter informação que não esperaria. Obviamente que iria ter em consideração o tamanho do questionário de modo a não tornar entediante o seu prenchimento.
Da análise deste questionário escolheria para entrevista e trabalho mais aprofundado 3 BE daquelas que tivessem respostas mais ricas interessantes no questionário (cruzado com a grelha de análise de páginas anterior). O que acha?
iria então a essas escolas e faria entrevistas, ...

b) Presumo que a análise de páginas web se podem enquadrar na fonte de evidências: "Documentação". Correcto? é que também se me põe a hipótese de ser registo de arquivos ou mesmo observação directa...

c) Nesta fonte de evidências "documentação" há um aspecto que me está a dar que pensar... Quando é que devo fazer a análise de páginas para relatar e analisar na dissertação? esta questão está-se a por-me pelo facto de pressentir que quando eu for às escolas e levantar a "lebre" de estar a fazer investigação neste âmbito induzirá logo práticas no sentido de  ainda fazer melhor ou de maior atenção ao que se publica na web o que alterará a qualidade das páginas (suponho eu). Devo ter um dia D para a análise pois o conteúdo está sempre a ser alterado 

d) no meu caso, na observação directa numa escola na escola, fará sentido olhar para a BE e ver como se faz o acesso aos computadores existentes (nº) e Internet? correcto?

e) nessas idas às escolas veria a BE e entrevistava o PB e 2 ou 3 alunos e 2 ou 3 professores. Ou a entrevista seria só ao PB e faria questionário a professores e alunos. Pensa ser suficiente? 

Peço-lhe desculpa se a estou a questionar sobre perguntas que compete ao mestrando dominar, se tivesse lido suficientemente bem a bibliografia existente e agradeço desde já a sua benevolência

questões metodologicas 13 Março

Drª Glória:

Ainda na sequência do mail de ontem tenho nova questão:

Será (é?) relevante referir detalhadamente todos os passos dados para escolher a amostra?
comecei por ver blogue a blogue a partir da listagem da base de dados e ia dando em doido...
Depois mudei de estratégia e fui pesquisar a partir do facebook, pois se a BE já tem facebook poderia ser já um sinal positivo. Da análise do facebook fui ver os links que tinha (para o blogue por exemplo) e assinalei esses dados no excel que tinha retirado da base de dados.
Depois ainda pesquei uma ou outra a partir do twitter e da lista RBE. Só assinalei na foilha excel se a BE tivesse blogue já existente em 2009/10

com todos estes dados analisei 361 blogues de escola (embora haja repetições pois há blogues de agrupamento)
Desta análise é que saiu uma lista de aprox 30 BE que analisei com grande profundidade para escolher cerca de 10

Deverei referir TODOS estes passos com detalhe na tese?

fico satisfeita por ver avançar o seu trabalho. Em relação à questão que coloca quanto à descrição dos passos que deu, aquilo que acaba por escrever na sua mensagem é já essa descrição e é praticamente suficiente para dar conta dos procedimentos que teve. Acho que deve indicar as várias fontes que são ponto de partida : lista RBE, facebook, mas sem preocupação de indicar nºs exatos.

Grato pela resposta pois poupa-me alguns dias de trabalho com estatísticas e percentagens. De facto estava com algumas dúvidas.

Entretanto já tinha copiado para o texto base da tese o conteúdo do meu email para si. Depois será uma questão de desenvolver um pouco mais e de organizar as ideias.

ponto da situação a 10 de março

Acabado o mês de Fevereiro venho fazer-lhe um ponto da situação no respeitante à minha tese, pedir orientação e apresentar-lhe um plano para Março

- Feito em Fevereiro

Estive a escrever duas comunicações para 2 congressos em Braga (Challenges 2001 e Literacia e Currículo). Isso permitiu-me construir um esqueleto da tese.
Numa primeira fase fui escrevendo umas coisas e depois copiei para a tese (antes de apagar) pois as duas comunicações tinham limitações de palavras 
Deste modo avancei na escolha de "boas práticas"

- Uma questão

Na dissertação será relevante descrever exaustivamente a forma como seleccionei as "boas práticas". Exemplo: da base de dados existiam y Bibliotecas com blogue. Dessas vi 20%. desses 20% z blogues (correspondentes a w% dos blogues) só relatavam actividades ou estavam fechados

Ou posso abreviar a explicação sem me deter em grandes estatísticas sobre o que acaba por não ser escolhido? no fim de contas o meu olhar deverá dirigir-se para a escolha e não para o que não foi escolhido

- Proposta de trabalho para Março

a) para além de ir escrevendo
b) conceber o instrumento que me permitirá fazer o trabalho de campo - para isso estou a ler teses defendidas à procura de inspiração e correcção metodológica

Já percebi que a parte teórica se fará com alguma "facilidade" por isso estou agora a investir nas questões mais "práticas"

questões metodologicas 3 março

Surgiu-me agora uma dúvida para a qual gostava de ter a sua opinião:

No meio de cerca de 30 Bibliotecas que elegi nesta primeira fase e que irei filtrar para obter o tal número redondo de 10 (aproximadamente) surgem 2 que são coordenadas por CIBE (Isabel Mendinhos e António Pires)...

Pergunto: devo manter essa selecção ou retirá-los? Por uma lado os oclegas são PB e cabem dentro do critério, por outro lado são uma elite que não corresponde à grande massa dos PB e têm tido acesso a uma formação de qualidade

O que acha?

Olá João

a dissertação foi realizada na Univ católica/Porto e penso que els não têm repositório digital. Também não encontrei o título ou autor no catálogo. Sugiro que contacte por telefone e/ou mail os serviços da bilbioteca - segue o link - e pergunte se já está disponível , qual é a cota e se fazem empréstimo interbibliotecas, que com essas referências eu depois posso pedir.

http://www.facfil.ucp.pt/biblioapres.html

Em relação ao outro mail que me enviou, como diz, não se esqueça de ir registando os passos que vai dando, pois esse relato é tb importante para a sua dissertação, sendo interessante dar conta da pesquisa e do que foi encontrando - vá registando no quadro as várias ocorrências que vai encontrado para cada biblioteca (se tem blogue, facebook, etc.) Pode parecer que não está a avançar mas já tem aí muito material para depois comentar.